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Na década de 1960, um pianista negro contratou um motorista branco para leva-lo a uma turnê percorrendo o sul dos Estados Unidos, uma das áreas mais racistas do país. O pianista jamaicano Don Shirley era conhecido por sua incrível habilidade na música e em seus conhecimentos acadêmicos.
Já o motorista Tony Lip morava em uma casa no Brooklyn com toda a família italiana: esposa, filhos, pai e irmãos. Ele era conhecido por conseguir se sair bem em qualquer situação e não levar desaforo para casa. Essa é a história do filme “Green Book – O Guia”, que estreia nesta quinta-feira nos cinemas.
Green Book é um daqueles filmes que consegue abraçar diferentes reações. Enquanto você torce e se alegra com um personagem, ao mesmo tempo você pode sentir raiva e desgosto por outros.
Viggo Mortensen, que interpreta Tony Lip, e Mahershala Ali, que faz Don Shirley, tem uma química inacreditável. Os dois personagens demonstram muita autoridade para interpretar a dupla. Mortensen, inclusive, foi indicado ao Oscar na categoria de melhor ator, e Ali como melhor ator coadjuvante.
O roteiro é completo, tem narrativa fácil de acompanhar, não faz rodeios e tem ótimo senso de humor. Mesmo com a forte crítica ao racismo da época – e que incomoda até hoje -, a trama tem piadas apropriadas para cada momento. É muito interessante ver como tudo foi conduzido para apresentar uma boa história.
A trilha sonora, desde o início, chama o espectador a continuar assistindo. São compilados de canções de artistas negros, músicas clássicas e isso traz um ar de alegria e espontaneidade para o longa.
Indo na contramão de todos os elogios ao filme, o desfecho incomoda um pouco por ser muito previsível, mas isso não afeta a história e o impacto que Green Book pode trazer. Assista ao longa a partir de 24 de janeiro nos cinemas.
Ainda nesta semana, tem o lançamento de “A Favorita”, filme que, ao lado de “Roma”, teve dez indicações ao Oscar 2019. O longa conta a história de duas mulheres que disputam o coração da rainha da Grã-Bretanha no Reino Unido do século 18.
Já na Netflix, a novidade é a adaptação de uma história em quadrinhos. O original da plataforma chamado “Polar” conta a história de um assassino que está prestes a se aposentar, mas que muda de planos quando seu chefe envia um bando de matadores para exterminá-lo. A partir de 25 de janeiro na plataforma digital.
Reportagem, Sara Rodrigues